LÍBIA / CRISE


31/03/2011 13h10 - Atualizado em 31/03/2011 13h13

Renúncia do chanceler líbio é duro golpe em Kadhafi, diz Casa Branca

Saída de Mussa Kussa mostra falta de confiança no regime, diz porta-voz.
Ministro de Relações Exteriores chegou na véspera ao Reino Unido.

A renúncia do ministro das Relações Exteriores da Líbia, Mussa Kussa, representa um duro golpe para o ditador Muammar Kadhafi e mostra que os colaboradores do líder já não confiam em seu regime, afirmou nesta quinta-feira (31) um porta-voz da Casa Branca, Tommy Vietor.
"É uma renúncia importante e um golpe duro para o regime de Kadhafi", afirmou ainda.
"Mussa Kussa era um dos adjuntos em quem Kadhafi mais confiava", assinalou Vietor em um comunicado. Segundo ele, o ex-ministro pode proporcionar informações importantes sobre o estado de ânimo de Kadhafi e sua estratégia militar.
O porta-voz do regime, Mussa Ibrahim, confirmou nesta quinta-feira a renúncia do ministro das Relações Exteriores, e afirmou que as autoridades permitiram que o chanceler saísse do país para receber atenção médica na Tunísia.
"O sr. Kussa pediu para viajar para a Tunísia para tratamento médico. Recebeu permissão. Depois, entendemos que ele decidiu renunciar a seu posto. Esta decisão é pessoal. A Líbia não depende de indivíduos", declarou Ibrahim durante coletiva de imprensa.
Segundo ele, a "Líbia não será afetada por esta decisão".
Mussa Kussa, de 59 anos, esteve vinculado nos últimos anos a todas as negociações que permitiram que a Líbia voltasse a ser frequentável para o Ocidente.
Em sua condição de chefe do serviço de inteligência, de 1994 a 2009, Kussa foi o homem forte dos comitês revolucionários, coluna vertebral do regime líbio e homem de confiança de Kadh