domingo, 5 de fevereiro de 2012

EUA /// CONHECENDO ORLANDO 2





Orlando é uma cidade do estado norte-americano da Flórida, sendo sede do Condado de Orange. Foi fundada em 1873, e incorporado em 1875.
Crescimento populacional
Censo Pop.
1890 2 856


1900 2 481 -13,1%
1910 3 894 57,0%
1920 9 282 138,4%
1930 27 330 194,4%
1940 36 736 34,4%
1950 52 367 42,5%
1960 88 135 68,3%
1970 99 006 12,3%
1980 128 251 29,5%
1990 164 693 28,4%
2000 185 951 12,9%
2010 238 300 28,2%
Fonte: US Census
Segundo o censo nacional de 2010, a sua população é de 238 300 habitantes, e sua densidade populacional é de 898,52 hab/km². É a quinta maior cidade da Flórdia. Sua região metropolitana ultrapassa 2 milhões de habitantes. A cidade possui 121 254 residências, que resulta em uma densidade de 457,19 residências/km².
A cidade está localizada na região central do estado, possuíndo um clima subtropical. Pântanos são comuns na região. Famosa por suas atrações turísticas, tais como Walt Disney World Resort, Universal Orlando Resort e SeaWorld Orlando, Orlando recebe cerca de 2 milhões de turistas por ano, sendo a 38º cidade (fonte: Euromonitor International, empresa de análise econômica com mais de 600 colaboradores pelo mundo) mais visitada do mundo. Isto a faz comportar uma imensa infraestrutura de hotéis, carros de passeio e guias para atender tal demanda.
Além de ser um pólo turístico, Orlando também é um centro financeiro, passando atualmente por uma fase de intenso crescimento, com inúmeros projetos de expansão em andamento. É também considerado por oito anos consecutivos líder em atendimento e pesquisas na área da saúde (Florida Hospital), possui a segunda maior universidade do estado da Flórida, (University of Central Florida) e uma equipe na principal liga americana de basquetebol, a NBA (Orlando Magic).

História

A região onde hoje é localizado a cidade de Orlando, era habitada por uma tribo de nativos americanos conhecida pelo nome de seminoles. Durante a Primeira Guerra dos Seminoles um soldado chamado Orlando Reeves fora morto em 1836, em suas terras que produziam açúcar, seu corpo enterrado ao lado de uma árvore, com seu nome escrito na mesma. Mais tarde alguns colonos que chegaram à região passaram a atribuir o nome escrito no túmulo ao local que ali eles se estabeleceram, assim Orlando fora como o lugar passou a ser conhecido.
Durante a Segunda Guerra dos Seminoles, em 1838 o Exército da União estabeleceu um acampamento em Fort Gadlin, poucos quilômetros ao sul do atual centro da cidade, mas foi rapidamente abandonado quando a guerra chegou ao fim.
Somente durante a Terceira Guerra dos Seminoles, por volta de 1850, que a região passou a receber uma ocupação considerável, os primeiros habitantes em sua maioria eram criadores de gado, e assim permaneceu durante a Guerra Civil Americana.

Centro Financeiro de Orlando
De 1875 até 1895 a cidade passou por um fase de grande crescimento na produção de frutas cítricas, em especial a laranja, esta era ficou conhecida como a Era Premiada. Mas ao final da era a produção passou por grandes problemas devido a um tempo congelado que chegou à região, muitos dos produtores deixaram a cidade passando a produzir mais ao sul do Estado.
Orlando, por ser a maior cidade continental da Flórida, fora usada inúmeras vezes como local de acampamento para abrigar soldados desde a Guerra Hispano-Americana até a Segunda Guerra Mundial. Em 1958 a Base McCoy da Força Aérea foi fundada, onde era o assentamento do exército em Pine Castle, em homenagem ao Coronel Michael N.W. McCoy. Como Orlando é próximo da Base da Força Aérea de Patrick, Estação Kennedy da Força Aérea e do Centro Espacial de Kennedy, muitas companhias de alta tecnologia se estabeleceram na região, criando empregos de nível elevado para os habitantes de Orlando.
É por certo que o acontecimento de maior importância econômica para a cidade fora a decisão de 1965 em que Walt Disney iria construir o Walt Disney World Resort na cidade, a escolha de Orlando para ser a sede do complexo se deu ao fato de que furacões tem uma incidência menor do que nas cidades litorâneas. A obra do complexo terminou em Outubro de 1971, com isso um crescimento econômico e populacional gigantesco foi trazido, além de fazer a cidade ser conhecida no mundo inteiro. Um fato importante acontecido na mesma época, foi a construção do Aeroporto Internacional de Orlando, no lugar da Base McCoy da Força Aérea, sendo um dos mais movimentados aeroportos do mundo.
O prédio SunTrust Center é o maior de Orlando, construído em 1988, ele tem 134 metros; em segundo lugar está o Orange County Courthouse, construído em 1997, ele tem 127 metros. Hoje encontra-se em construção o prédio VUE no Lago Eola e terá 129,5 metros.

Clima

Orlando possui um clima subtropical quente e úmido, onde duas estações climáticas são bastantes peculiares. Uma delas é bastante quente e chuvosa, que vai do mês de abril até setembro; a outra é fria e com poucas chuvas, que vai do mês de outubro até março. O calor excessivo e a alta umidade, se dá ao fato da baixa elevação e sua posição relativamente próxima ao trópico de Câncer.
Durante a temporada de elevadas temperaturas e de um verão bastante úmido, o termômetro está sempre acima dos 22°C, no ponto mais quente do dia chega até os 45°C. Nestes meses fortes tempestades à tarde são comuns quase que diariamente, fazendo de Orlando a capital mundial dos raios e trovões. Já no inverno a umidade se encontra baixa, assim como os termômetros. Em média a temperatura não ultrapassa os 20°C, podendo chegar até 5°C. Não há registro de precipitação de neve na região.

Ligações externas

Referências

Commons
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Fonte

A descrição acima é do artigo Orlando da Wikipédia, licenciado sob CC-BY-SA, lista completa de contribuidores aqui. As páginas de comunidade não estão associadas, tampouco endossadas por, qualquer pessoa associada ao tópico.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

US // ELEIÇÕES 2012

“Eu não estou preocupado com os muitos pobres”, diz Romney

Favorito para ser escolhido pelo Partido Republicano como o representante da sigla na disputa com Barack Obama pela presidência dos Estados Unidos, o ex-governador de Massachussets Mitt Romney deu uma declaração polêmica em entrevista à apresentadora Soledad O’Brien, da rede de TV CNN, nesta quarta-feira (1º). Romney comentava a vitória na primária da Flórida e foi questionado sobre quais americanos eram o foco de sua campanha. Ele se saiu com a seguinte a frase:
“Eu não estou preocupado com os muito pobres. Temos uma rede de proteção para eles. Se [a rede] precisar de reparos, vou consertá-los. Não estou preocupado com os muito ricos, eles estão indo muito bem… estou preocupado com o coração da América, os 90% a 95% de americanos que neste momento estão tendo problemas”.
A frase chamou a atenção da apresentadora imediatamente. Ela pediu para Romney explicar, uma vez que há muitos “muito pobres” nos Estados Unidos com problemas devido à crise econômica. O candidato pediu para Soledad completar a frase, lembrou a segunda parte de sua fala e afirmou que vai reparar os “buracos” que a rede de proteção social tiver. Em seguida, Romney voltou a afirmar que os muito pobres não são seu foco.
Vamos ouvir do Partido Democrata o apuro dos pobres e não há dúvidas de que não é bom ser pobre e que temos uma rede de proteção. Mas a minha campanha é focada nos americanos de renda média… Você pode focar os ricos, mas este não é meu foco. Você pode focar nos muito pobres, mas este não é o meu foco. Meu foco são os americanos de classe média, aposentados vivendo de pensão, pessoas que não conseguem achar trabalho, jovens que estão se preparando para ir para a faculdade. Essas são as pessoas que foram mais prejudicadas durante os anos [do governo] Obama.
É certo que Romney tentou fazer um apelo para as massas da classe média dos Estados Unidos, que realmente têm sofrido bastante com a crise. Mas é difícil entender como um candidato que pretende ser eleito presidente de um país afirma que os muito pobres não são seu foco. Ainda mais em um momento no qual a pobreza chega aos maiores níveis desde 1993 e no qual a tensão entre ricos e pobres é visto por muitos americanos como o maior problema do país. É possível imaginar inúmeras formas para usar essa frase contra Romney, e é muito provável que ela vai voltar no futuro para prejudicá-lo.
Foto: Reprodução/CNN
José Antonio Lima

Romney vence na Flórida e confirma favoritismo para enfrentar Obama nas eleições de novembro

O ex-governador de Massachussets Mitt Romney confirmou na madrugada desta quarta-feira (1º) sua vitória nas primárias da Flórida para escolher o representante do Partido Republicano nas eleições gerais dos Estados Unidos, marcadas para novembro. Romney derrotou o ex-presidente da Câmara de Representantes Newt Gingrich por uma diferença de quase 15 pontos porcentuais (46,4% a 31,9%). O ex-senador Rick Santorum ficou em terceiro lugar (13,4%) e o representante Ron Paul, em quarto (7%).
A vitória de Romney na Flórida, o quarto Estado a votar (depois de Iowa, New Hampshire e Carolina do Sul), foi bastante significativa pois depois de perder para Gingrich na Carolina do Sul, Romney conseguiu se consolidar como favorito. Em fevereiro, seis Estados realizam primárias ou caucus (Colorado, Maine, Minnesota, Nevada, Michigan e Arizona) e Romney é favorito para ganhar todas elas. Com uma campanha menos rica e organizada, Gingrich tentará sobreviver a fevereiro e chegar ainda com chances à “super terça-feira” (que ocorre em 6 de março neste ano), quando dez Estados realizarão suas escolhas.
Em discurso em Orlando, após a derrota, Gingrich afirmou que a Flórida transformou a disputa em um “duelo entre dois homens”. Era um apelo para Santorum e Paul que, se desistirem, devem endossar sua candidatura. Gingrich está tentando interpretar o papel de líder conservador e é nos simpatizantes de gente como Santorum e Paul, que ganharam força desde o ressurgimento do Tea Party, que ele aposta. Segundo o site Politico, Romney ainda enfrenta muita resistência neste grupo. Entre os eleitores que se identificaram como “muitos conservadores”, Gingrich venceu por 43% a 29%. Entre os evangélicos, a margem foi menor: 39% para Gingrich e 36% para Romney.
Para Romney, a vitória significou uma mudança de paradigma. Como conta também o Politico, o ex-governador de Massachussets mudou seu foco para a eleição presidencial.
O discurso de Romney, no qual ele mencionou Gingrich apenas para congratulá-lo, não deixou dúvidas de que o Time Romney está agora entrando no “modo eleições gerais” depois da grande vitória na Flórida. O foco foi quase que inteiramente no presidente [Barack] Obama, que Romney atacou repetidamente. O discurso marcou uma grande mudança do discurso de Romney na Carolina do Sul, quando falou sobre sua dura derrota atacando Gingrich, embora sem nomeá-lo. Desta vez, Romney fez um discurso olhando para frente, no qual falou sobre unir o partido após uma amarga primária.
A mudança na postura Romney tem uma clara origem. Ele se vê agora mais seguro e apoiado pelos membros dos chamados poderes estabelecidos do Partido Republicano, a elite que controla a sigla. A primária da Flórida deixou clara a polarização dentro do Partido Republicano, com esse establishment ao lado de Romney e Gingrich tentando aglutinar todas as formas de conservadorismo ferrenho. Em artigo no site da revista New Yorker, o colunista John Cassidy afirma que a vitória de Romney indica o triunfo decisivo dos poderes estabelecidos no duelo de dois anos com o Tea Party.
Apesar de nominalmente conservadores, o objetivo primário do establishment republicano é manter seu controle do poder, assim permitindo que o partido resguarde sua posição e proteja os interesses econômicos que financiam o partido. (…) O único cenário realista no qual Gingrich poderia ter derrotado Romney era um no qual ele teria parado na Carolina do Sul a marcha de vitórias de Mitt e derrubado [Romney] na Flórida. Quando os anciãos do partido viram Newt ter sucesso na parte um de seu plano, eles decidiram parar seu progresso, e rapidamente. (…) Newt aprendeu a lição que muitos candidatos democratas aprenderam desde 1968, quando Richard Nixon estabeleceu a primeira campanha presidencial reconhecidamente moderna: nunca subestime a crueldade da máquina eleitoral do Partido Republicano.
Foto: Charles Darapak / AP
José Antonio Lima

Romney canta em encerramento de campanha na Flórida

As urnas da Flórida, quarto Estado americano a votar no candidato do Partido Republicano para a eleição presidencial de novembro, abriram na manhã desta terça-feira (31) e a expectativa é de que o ex-governador de Massachussets Mitt Romney vai derrotar o ex-presidente da Câmara de Representantes Newt Gingrich. Como O Filtro mostrou na segunda-feira, Romney e Gingrich representam polos distintos da sigla e o duelo descambou para acusações pessoais na Flórida. Nos últimos dias, Romney partiu para o ataque, voltou a liderar as pesquisas e um novo levantamento citado nesta terça-feira pelo jornal The Washington Post indica que Romney pode vencer por uma margem de até 20 pontos porcentuais.
Empolgado com a subida nas pesquisas, Romney se sentiu à vontade na noite de segunda-feira, durante comício na cidade de The Villages, para cantar. Ele liderou os eleitores na primeira parte da canção America the Beautiful, que classificou como seu “hino patriótico favorito”. Segundo o WPost, foi fácil para Romney se sentir tranquilo na comunidade:
Após ser apresentado por um grande elenco de políticos eleitos na Flórida, assim como sua mulher, Ann, e um jovem neto, Parker, Romney fez um rápido discurso no centro da cidade. Apoiadores, alguns dos quais estavam no local durante boa parte do dia para vê-lo, se aglomeraram ao redor do palco. Uma grande faixa declarava: “A Flórida é o país de Romney”.


Divisões do Partido Republicano marcam duelo entre Romney e Gingrich

Ao lado do irmão e da cunhada, Romney (em pé), vê discurso de Gingrich em Hialeah, na Flórida
Ao lado do irmão e da cunhada, Romney (em pé), vê discurso de Gingrich em Hialeah, na Flórida
Nesta terça-feira (31), os eleitores da Flórida realizam a quarta primária do Partido Republicano para escolher o candidato da sigla na eleição presidencial dos Estados Unidos (que ocorre em novembro) e o fim de semana foi marcado por duros ataques entre o favorito Mitt Romney, ex-governador de Massachussets, e o ex-presidente da Câmara Newt Gingrich, seu principal concorrente.
Gingrich começou a apostar em temas caros ao conservadores. Ele tem se aproximado de líderes religiosos e do Tea Party e atacou Romney questionando seu caráter e o que seria sua mudança de posição a respeito do aborto. Romney vinha perdendo popularidade com os ataques, mas mudou de tática e partiu para a ofensiva. Chamou Gingrich de mentiroso, disse que ele deveria “se olhar no espelho” e lembrou que, enquanto tenta se posicionar como candidato anti-establishment, Gingrich trabalhou na financiadora Freddie Mac, uma das empresas que ajudou a provocar a crise das hipotecas em 2007 e 2008.
Como nota o jornal The New York Times em reportagem publicada nesta segunda-feira (30), a disputa está cada vez mais ferrenha pois Romney e Gingrich estão polarizando os dois centros de influência do Partido Republicano. O primeiro comanda o que se chama de “poderes estabelecidos”, os setores mais tradicionais da sigla, enquanto o segundo tenta se posicionar como a alternativa conservadora, ainda que seja uma aproximação surpreendente, uma vez que seu histórico está, em muitos aspectos, distante dos conservadores.
A feroz competição que se dá pelas ondas de rádio e entre seus aliados responde ao distanciamento cada vez maior entre os elementos mais tradicionais do Partido Republicano que estão mais do que nunca apoiando Romney, incluindo muitos políticos eleitos, e os movimentos de base e conservadores inspirados pela Tea Party que Gingrich tem buscado. Para Gingrich, a questão é se ele pode inspirar apoio suficiente dos conservadores para sustentar uma longa campanha contra o Romney além da Flórida. Muitos republicanos nos últimos seis meses flertaram com várias alternativas a Romney, e Gingrich é a mais proeminente delas ainda em pé.
José Antonio Lima

Gingrich vence a terceira prévia e complica a disputa

O pré-candidato e ideólogo conservador Newt Gingrich venceu a terceira prévia do partido Republicano neste sábado (21), na Carolina do Sul.
Com a vitória, a disputa pela nomeação do candidato Republicano que enfrentará o presidente Barack Obama nas urnas fica embolada. É a primeira vez na história do partido que três candidatos diferentes vencem as três primeiras prévias – o católico Rick Santorum venceu a primeira, em Iowa, e o moderadoMitt Romney levou a segunda, em New Hampshire.
Segundo o jornal The New York Times, a vitória de Gingrich pode ser atribuída à coalizão que ele está tentando criar para fazer frente a Romney. Para uma parcela do eleitorado do Partido Republicano, Romney é considerado “liberal” demais, por ter defendido no passado políticas como a legalização do aborto.
Não foi uma vitória pequena. A contagem dos votos mostra Gingrich doze pontos percentuais à frente de Romney. As pesquisas mostram que Gingrich conseguiu esse resultado com uma formidável coalização de grupos que resistem a Rooney: cristãos evangélicos, simpatizantes do Tea Party e aqueles que se declaram “muito conservadores”.
A estratégia começou a funcionar nesta semana. Na quarta-feira (18), uma pesquisa de opinião mostrou Romney e Gingrich empatados na Carolina do Sul. Na quinta-feira (19), o governador do Texas, Rick Perry, abandonou a disputa e declarou apoio a Gingrich.
Foto: Matt Rourke/AP
Bruno Calixto

Rick Perry abandona corrida presidencial dos EUA

O governador do Texas, Rick Perry, desistiu de concorrer a vaga do Partido Republicano para disputar as eleições nos Estados Unidos contra o atual presidente Barack Obama.
O governador anunciou sua decisão nesta quinta-feira (19) em uma coletiva de imprensa. Segundo o jornal The New York Times, Perry passa a apoiar a candidatura de Newt Gingrich, a quem considera “um conservador visionário”.
“Eu nunca acreditei que a causa do conservadorismo estaria encorporada em apenas um indivíduo”, disse Perry. “Nosso partido e nossa filosofia conservadora transcende qualquer indivíduo. Newt não é perfeito, mas quem entre nós é?”, disse.
A decisão de Rick Perry foi tomada após a publicação, na quarta-feira, de uma pesquisa de opinião da CNN e revista Time sobre a corrida presidencial. Segundo o resultado da pesquisa, a distância entre Mitt Rooney, primeiro colocado nas pesquisas, para Gingrich caiu pela metade na Corolina do Sul. Gingrich fez um apelo aos seus rivais para concentrar os votos mais conservadores do Partido Republicano como alternativa à candidatura de Rooney.
Mitt Rooney ainda é o favorito na disputa pela nomeação do partido para enfrentar Obama, mas enfrenta forte resistência entre os republicanos mais conservadores. Para esse grupo, Rooney é considerado um “liberal”, por ter defendido no passado políticas como o casamento gay e assistência a imigrandes latinos.
Com a saída de Perry da disputa, sobram quatro pré-candidatos buscando a nomeação do Partido Republicano: Mitt RooneyNewt Gingrich, Ron Paul e Rick Santorum.
Foto: AP
Bruno Calixto

Mudança de resultado em Iowa pode reabrir disputa para escolha de rival de Obama

Após a agora duvidosa vitória em Iowa, Romney faz discurso ao lado da mulher, Ann, e dos filhos
Após a agora duvidosa vitória em Iowa, Romney faz discurso ao lado da mulher, Ann, e dos filhos
O Caucus de Iowa, a primeira prévia do Partido do Republicano para a escolha do rival de Barack Obama na eleição presidencial de novembro, teve um desfecho canhestro. A votação, realizada no início do mês, terminou com a vitória do ex-governador de Massachussets Mitt Romney sobre o ex-senador Rick Santorum por apenas oito votos (30.015 contra 30.007). Mas ao certificar os resultados, as autoridades do Partido Republicano em Iowa encontraram dois problemas: Santorum teve, na verdade, 34 votos a mais que Romney (29.839 a 29.805) e os resultados de oito urnas foram perdidos e nunca mais poderão ser recuperados (e recontados). Como não se sabe se alguma dessas urnas tinha votos suficientes para que Romney revertesse a vantagem, o Partido Republicado declarou que o Caucus de Iowa terminou com um “empate”.
Des Moines Register, jornal da capital de Iowa, conta que a decisão chega em um momento delicado.
Não é uma surpresa que a pequena margem de oito votos da noite do caucus não tenha se mantido, mas é difícil engolir o fato de que sempre haverá um ponto de interrogação sobre esta disputa, dizem pessoas com acesso aos bastidores da política. As notícias chegam em um momento importante – dois dias antes da primária da Carolina do Sul, o terceiro Estado a votar no processo de nomeação e bem antes do debate desta noite. Romney está sob ataque de todos os lados e outros pré-candidatos republicanos estão tendo problemas para convencer os eleitores de que são alternativas viáveis ao ex-governador de Massachusetts.
Em uma nota oficial sobre o caso, Romney classificou o resultado de “empate virtual” e tentou tirar a importância daquele resultado. É uma estretégia óbvia, uma vez que Romney desfrutou do fato de aparecer nas manchetes como vencedor de Iowa e agora, certamente, perderá o destaque de ser o primeiro republicano desde 1976 a vencer em Iowa e New Hampshire, os dois primeiros Estados a escolher seu candidato. O ex-presidente da Câmara dos Representantes Newt Gingrich vem se recuperando nas pesquisas, se torna cada vez mais uma ameaça real a Romney e pode, como nota o site Politico, se aproveitar da confusão em Iowa.
A curto prazo, os resultados são uma dose de encorajamento para Santorum, assim como para outros candidatos anti-Romney, que não mais precisam lidar com a ideia de que Romney conseguiu uma vitória sem precedentes em Iowa e New Hampshire. Se Newt Gingrich vencer em Iowa, o placar dos primeiros Estados de repente teria uma aparência bem diferente da que tinha no início da semana.
O que o site quer dizer é que, neste cenário, o placar terá uma vitória para Santorum, Romney e Gingrich, e não duas para Romney e uma para Gingrich, o que pode significar que a corrida pela nomeação republicana, antes considerada próxima do fim, pode se reabrir.
José Antonio Lima

Huntsman abandona disputa republicana e anuncia apoio a Romney

Ao lado da mulher e das filhas, Huntsman anuncia sua retirada da campanha
Ao lado da mulher e das filhas, Huntsman anuncia sua retirada da campanha
John Hunstman, um dos seis candidatos republicanos que ainda disputava a nomeação do partido para enfrentar Barack Obama na eleição presidencial dos Estados Unidos, em novembro, abandonou a disputa. Hunstman fez o anúncio nesta segunda-feira (16), dias depois de ficar em terceiro lugar nas primárias do Estado de New Hampshire. Hunstman havia gastado boa parte de seus esforços no Estado e esperava uma vitória para tentar catapultar sua campanha.
Segundo o site Politico, Huntsman anunciou seu apoio a Mitt Romney, o favorito até aqui, o que pode fazer diferença já nas primárias da Carolina do Sul, marcadas para sábado. Huntsman tem apenas 5% nas pesquisas, mas esta porcentagem pode fazer com que Romney obtenha uma vantagem de dois dígitos na Carolina do Sul, talvez suficientemente significativa para encerrar a disputa.
Em seu discurso de adeus, Huntsman pregou a união do Partido Republicano, pedindo o fim das propagandas negativas que os candidatos têm veiculado a respeito de seus rivais.
“Esta disputa se degenerou em um embate de ataques negativos não digno da população americana e não digno deste momento crítico”, disse. “Em seu núcleo, o Partido Republicano é um partido de ideias, mas a atual forma tóxica de nosso discurso político não ajuda nossa causa”. (…) “Para nossa nação se mover para frente com uma nova liderança, o Partido Republicano precisa primeiro se unir”, disse Huntsman explicando seu apoio a Romney.
Foto: Charles Dharapak / AP
José Antonio Lima

Em nova propaganda, Mitt Romney fala espanhol com os eleitores

O ex-governador de Massachussets Mitt Romney, favorito para ser indicado como candidato do Partido Republicano nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro, está de olho nas primárias da Flórida, marcadas para 31 de janeiro. É lá que ele pode confirmar sua indicação caso tenha problemas na próxima prévia, dia 21, na Carolina do Sul. Como a Flórida tem uma enorme comunidade hispânica, Romney decidiu veicular um anúncio em espanhol nas TVs da Flórida. A estrela do vídeo é seu filho, Craig Romney, fluente em espanhol, mas Romney também se arrisca, com uma frase simples no fim – “Soy Mitt Romney y apruebo este mensaje. Muchas gracias.” – Sou Mitt Romney e aprovo esta mensagem. Muito obrigado”
Segundo o jornal The Washington Post, Cuba nem é citada no anúncio, mas é clara a intenção de conquistar a comunidade cubana na Flórida:
O anúncio estrela três parlamentares nascidos em Cuba – Mario Díaz-Balart, Ileana Ros-Lehtinen e Lincoln Díaz-Balart (que deixou o Congresso). Se o anúncio não menciona Cuba, cubanos-americanos são obviamente o foco de Romney. No condado de Miami Dade, 72% dos republicanos registrados [como eleitores] são hispânicos, e a maioria desses eleitores são de ascendência cubana.
Confira o vídeo de Romney hablando español:
José Antonio Lima

Romney vence em New Hampshire e se aproxima de Obama em pesquisa nacional


Em Manchester, maior cidade de New Hampshire, Romney é saudado por eleitores após vencer a primária no Estado
O ex-governador de Massachussets Mitt Romney confirmou na madrugada desta quarta-feira (11) sua segunda vitória nas primárias estaduais do Partido Republicano para a presidência dos Estados Unidos. Depois de vencer em Iowa, Romney derrotou os oponentes em New Hampshire, desta vez com uma vantagem expressiva. Romney conquistou 39,4% dos votos, contra 22,8% do segundo colocado, o deputado Ron Paul. Rick Santorum, um conservador social que foi levado ao segundo lugar em Iowa pelo conservadores daquele Estado, ficou apenas em quinto, com 9,3% dos votos, superado pelo ex-governador John Huntsman (16,8%) e pelo ex-presidente da Câmara de Representantes Newt Gingrich (9,4%).
Na semana passada, O Filtro mostrou que analistas avaliavam como imprescindível uma vitória fácil de Romney. Com a diferença de mais de 16 pontos para Paul, Romney ampliou muito seu favoritismo, especialmente porque obteve tal vantagem em diferentes extratos do eleitorado americano, como conta o jornal The Washington Post.
Ele foi o vencedor entre os que se identificam como republicano e entre o sempre decisivo grupo de republicanos que consideram a si próprios como “um tanto conservadores”. Ele também foi a escolha clara entre a imensa maioria dos eleitores que citaram assuntos econômicos como o principal motivador de sua decisão e entre o um terço do eleitorado que disse que a possibilidade de derrotar o presidente [Barack] Obama era a qualidade que mais procuravam em um candidato.
Soma-se a esse amplo apoio o fato de Romney ter uma campanha mais rica e mais organizada que seus adversários, além da grande divisão existente entre seus concorrentes. Na próxima prévia, na Carolina do Sul, é provável que este fator volte a auxiliar Romney. Cada vez mais favorito, ele deve se tornar alvo de críticas conjuntas dos adversários, mas como Santorum, Huntsman, Gingrich e Paul competem entre si para se postar como a “única alternativa” a Romney, eles não devem ter apenas Romney na mira.
Uma mostra de que Romney está mesmo ganhando força e que seu bom momento contagia o eleitorado em todos os Estados Unidos surgiu em pesquisa da agência Reuters e do instituto Ipsos. Segundo os novos números, Romney diminuiu a diferença para Obama em uma hipotética disputa com o atual presidente pela Casa Branca. Há um mês, Obama venceria Romney por uma diferença de 48% a 40%. Nesta semana, a vantagem seria de 48% a 43%. Os resultados são melhores que os de seus rivais Gingrich (53% a 38%), Paul (48% a 41%) e Santorum (51% a 40%) e, segundo um analista da Ipsos, mostram que a disputa Romney-Obama está se consolidando.
“Com Obama e Romney fortalecendo suas posições nacionalmente, a competição entre os dois está ficando mais acirrada”, disse Chris Jackson, da Ipsos. “Agora que Romney parece ter um caminho mais claro para a nomeação republicana, sua posição melhorou, então a corrida entre Romney e Obama está ficando mais disputada”, disse.
Foto: Charles Dharapak / AP
José Antonio Lima

China vira alvo na campanha republicana nos Estados Unidos

Quem acompanha de perto as prévias do Partido Republicano para as eleições presidenciais dos Estados Unidos pode perceber com facilidade que, apesar das guerras no Afeganistão e no Iraque, há um tema que desfruta de grande popularidade entre os pré-candidatos: as relações com a China. Há algumas opiniões informadas, mas uma série de bravatas e promessas que não podem ser cumpridas.
A revista The Atlantic traz uma série de afirmações que os candidatos fizeram recentemente sobre a China. Rick Perry, o governador do Texas, disse que a China vai para a “lata de lixo da história” pois não é um “país de virtudes”. Ao mesmo tempo, ele negocia a entrada da Huawei, fabricante chinesa de eletrônicos, em seu Estado. Mitt Romney, o atual favorito, e Rick Santorum defendem uma guerra comercial com a China e o fim da importação de produtos baratos dos país asiático. Eles não ponderam que isso afetaria muito os EUA, inclusive setores que se beneficiam desses importados baratos.
As posições mais razoáveis sobre o relacionamento com a China são de Newt Gingrich e de John Huntsman. O último foi embaixador dos EUA em Pequim entre 2009 e 2011 e fala mandarim fluentemente. No último debate republicano, no sábado, após ser atacado por Romney com relação a sua relação com a China, Huntsman respondeu em mandarim, dizendo que “ele não entende completamente a situação”.
Diante dos ânimos acirrados que a China provoca nos Estados Unidos, Pequim tem adotado uma solução simples: o silêncio, como defende Shen Dingli, diretor do Centro de Estudos Americanos da Universidade Fudan, baseada em Xangai, em entrevista ao China Daily.
“Mas tais críticas são feitas apenas de olho na campanha eleitoral, e o vencedor da eleição logo retornaria para políticas racionais sobre a China depois de assumir o cargo”, disse Shen ao China Daily. Shen disse que a China não deve ligar muito sobre as críticas durante o ano eleitoral, e nenhuma reação à campanha eleitoral americana é a melhor forma de garantir uma transição suave na relação bilateral em 2012.
China Daily é um jornal estatal e, provavelmente, publicou esta reportagem como forma de justificar o silêncio de Pequim diante dos ataques que a China sofre nos EUA. Ainda que seja por esse motivo, o especialista está certo. Uma vez no poder, nem o mais radical presidente dos Estados Unidos poderia adotar políticas para enfrentar abertamente a China. Como defende o atual governo americano, tanto EUA quanto China têm mais a ganhar sendo parceiros do que sendo rivais.
José Antonio Lima

O que significa a vitória de Romney no Caucus de Iowa?

Após a vitória, Romney faz discurso ao lado da mulher, Ann, e dos filhos Matt, Josh, Craig e Tagg
Após a vitória, Romney faz discurso ao lado da mulher, Ann, e dos filhos Matt, Josh, Craig e Tagg
O ex-governador de Massachussets Mitt Romney conquistou, na madrugada desta quarta-feira (4), a vitória no Caucus de Iowa, o primeiro evento oficial da campanha presidencial dos Estados Unidos em 2012. A vitória foi muito apertada. Como mostram os resultados do caucus tabelados pelo Des Moines Register, jornal da capital de Iowa, a diferença entre Romney e o ex-senador Rick Santorum foi de apenas 0,01 ponto porcentual (24,6% contra 24,5%), apenas oito votos – 30.015 contra 30.007. O deputado Ron Paul (21,4%) ficou em terceiro lugar, seguido por Newt Gingrich (13,3%) e Rick Perry (10,3%).
Se a vitória de Romney não foi uma surpresa, o resultado de Santorum pode ser encarado assim. Ele aparecia bem nas pesquisas, mas conseguiu uma votação bastante expressiva mesmo sem ter a estrutura e a capacidade de arrecadar fundos que tem Romney. Na análise do jornal The New York Times, isso significa que a “divisão ideológica dentro do Partido Republicano” ainda está presente, o que significa que o movimento informal apelidado de ABR – Anyone But Romney (Qualquer um menos Romney) continua forte.
Romney pode ter mais dinheiro, a melhor organização e, quase sempre, os melhores números nas pesquisas em duelos hipotéticos com Obama. Mas ele ainda não foi capaz de lidar com o zelo populista e antigoverno do partido ou convencer conservadores mais tradicionais de que ele é um porta-bandeira aceitável em uma eleição na qual grande parte da direita espera não apenas tirar Obama do poder, mas permanentemente mudar os valores e a direção da nação”.
Para o NYT, diante da votação de Santorum (ao lado, em discurso após o Caucus), Romney será obrigado a abordar temas sociais potencialmente divisivos nos Estados Unidos, como aborto e casamento gay.
Esses temas são caros aos eleitores conservadores sociais, como Santorum é, mas Romney costuma ignorá-los, até mesmo porque já defendeu posições inaceitáveis para os conservadores, como políticas pró-aborto.
Romney é o candidato dos republicanos mais tradicionais, mas deve tentar atrair os eleitores de Santorum para o seu lado pois, para comprovar que é mesmo o candidato republicano mais viável, precisa de vitórias mais impactantes. Especialmente em New Hampshire, Estado onde Romney tem uma estrutura muito forte e que realiza a próxima prévia, na terça-feira que vem, como conta o site Politico.
“Rick Wilson, estrategista do Partido Republicano que trabalhou na campanha de Rudy Giuliani em 2008, disse que Romney precisa ter uma vitória fora da margem de erro – de pelo menos cinco pontos – para provar o argumento da elegibilidade [no pleito nacional] que tem reforçado nas últimas duas semanas. “Uma vitória é uma vitória”, disse. “Mas devido às conexões que tem em New Hampshire, à infraestrutura, precisa ser uma vitória clara… tem que ser acima de cinco. Você não pode chegar lá com uma vitória pequena”.
Um sinal de que Romney não pode bobear em New Hampshire veio em pesquisa feita no Estado pela CNN, na noite de terça-feira, simultaneamente ao Caucus de Iowa. Romney é, disparado, o favorito, com 47% das intenções de voto, mas Santorum pulou dos 5% que tinha em dezembro para 10%. Empolgado pelo resultado, Santorum já está a caminho de New Hampshire e promete lutar pela vitória. Se conseguir incomodar Romney novamente, a disputa dentro do Partido Republicano continuará aberta.
Foto: Charlie Neibergall e Charlie Riedel / AP
José Antonio Lima

O site do Google para as eleições dos Estados Unidos

O Google divulgou na segunda-feira o endereço do site por meio do qual vai acompanhar as eleições presidenciais dos Estados Unidos, cujo início oficial se deu nesta terça-feira (3), com o Caucus de Iowa. É ohttp://www.google.com/elections/ed/us. O site tem notícias, gerais e divididas por pré-candidato ou por tema, listas de assuntos mais comentados, mapas com os últimos acontecimentos, além de links para um calendário, para os vídeos políticos YouTube e para a página específica sobre política em sua rede social, o Google+.
Como conta o site Mashable, os objetivos do Google com o site para as eleições são, como sempre, ambiciosos, e constituem uma tentativa de se tornar um novo polo de informações, compartilhando o espaço dos veículos de imprensa tradicionais.
“À medida que 6 de novembro [a data da eleição] se aproximar, o site vai evoluir em um robusto entreposto da eleição no qual os cidadãos poderão ver, aprender, discutir, participar – e quem sabe até produzir algum impacto – na campanha digital enquanto ela esquenta até a eleição do próximo presidente dos Estados Unidos”, escreveu um porta-voz do Google em uma nota enviada ao Mashable.